Depois de ter seu nome em meio a uma polêmica distribuição de combustível em Rio Branco, que resultou na prisão de três pessoas, Antônia Lúcia Câmara, missionária da Assembleia de Deus e candidata a deputada federal pelo Partido Social Cristão (PSC), aparece novamente envolta a uma controvérsia durante a campanha eleitoral.
Após a Polícia Federal apreender R$ 472.130, que eram transportados dentro de uma caixa de papelão na Estrada de Boca do Acre, na última segunda-feira, vazou informações de que o dinheiro seria utilizado pela missionária para promoção de sua campanha a Câmara Federal.
No entanto, as acusações foram negadas na manhã de hoje, durante entrevista concedida em um hotel no Centro da capital, onde Antônia Lúcia e a filha, Milena Câmara, esclareceram o verdadeiro destino da fortuna apreendida.
Falando separadamente, primeiro a filha e depois a mãe, mas com discursos semelhantes, elas disseram que o dinheiro seria para a Fundação Boas Novas, da Assembleia de Deus do Amazonas, e não para a Rede Boas Novas, empresa privada do Acre, instituições que não tem ligação, a não ser por serem homônimas.
Ambas declararam que sabiam da doação, feita por um seguidor da igreja no município de Boa do Acre, mas só foram informadas do valor quando a Polícia Federal comunicou sobre a apreensão.
Segundo o advogado Valadares Neto, que acompanhou Milena Câmara durante a entrevista, no ato da apreensão não houve flagrante nem prisão. – O que aconteceu foram apenas esclarecimentos na Polícia Federal.
Milena e Antônia Lúcia fizeram questão de destacar que a doação não tem nenhuma ligação com a Rede Boas Novas e, muito menos, com a campanha eleitoral. A missionária ressaltou que não teve nada a ver com o caso do combustível, ocorrido no mês passado.
– Essa doação é de um servo do Senhor para a Assembleia de Deus do Amazonas. Estou preocupada em divulgar minha campanha. Quando aconteceu o caso do combustível eu estava chegando à cidade. Eu não doei combustível. O partido tem um comitê financeiro responsável por cuidar da contabilidade, da parte financeira, do planejamento. Tanto que o cheque que foi apreendido está no nome do representante desse comitê – disse a candidata.
De acordo com Paulo Henrique Cestaro, advogado que esteve ao lado de Antônia Lúcia, as informações são de que o doador tem todos os seus recebimentos declarados regularmente a Receita Federal. Ele questionou o porquê de estar sendo direcionada essa quantia à campanha de Antônia Lúcia.
A defesa de Milena Câmara pediu a instauração de procedimento administrativo dentro da Polícia Federal para saber de onde vazaram as informações do inquérito, que segundo a PF, seria sigiloso.
Candidata disse que teve a casa invadida e se sente ameaçada
A missionária Antônia Lúcia afirmou que está sendo vigiada diariamente e teve sua residência invadida ontem. Do local, segundo ela, foi levado um notebook, vários cheques, R$ 2 mil em dinheiro. Ela está se sentindo ameaçada e já comunicou as polícias sobre os acontecimentos recentes.
Fonte: Contil net
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