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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dindim, prefeito de Feijó: “Não posso transferir votos para alma” Ele não admite ser considerado culpado pela derrota da oposição na disputa ao Govern

Dindim afirmou estar preparado para encarar as consequências da desunião da oposição

Dindim afirmou estar preparado para encarar as consequências da desunião da oposição

Ainda faltam serem apuradas algumas urnas no Acre, mas a oposição, mesmo derrotada por minúscula diferença de votos, começou a lavar roupa suja nesta segunda-feira cedo. De Feijó, o prefeito Dindim Pinheiro, do PSDB, mandou avisar a seus correligionários, que as insinuações de que ele seria culpado pelo insucesso de Tião Bocalom devem “entrar num ouvido e sair no outro”.

Um dos prefeitos mais festejados pelos moradores de seu município, Dindim justifica que não consegue “transferir votos para almas”, numa alusão ao sumiço dos candidatos majoritários durante a campanha.

Segundo ele, a campanha da oposição em seu município ocorreu por meio de passagens relâmpagos de Tião Bocalom, Sérgio Petecão e João Correia pela cidade. Em muitas das vezes o prefeito nem avisado era. – Para você ter uma idéia, num dos comícios o Bocalom chegou aqui às 11 horas da noite. O povo já estava cansado. A maioria tinha ido embora – comenta o prefeito.

A oposição perdeu pela primeira vez em Cruzeiro do Sul, foi derrotada outra vez em Tarauacá e teve desempenho indesejável em pequenos municípios como Jordão e Santa Rosa. Mas a polêmica em torno de Feijó era previsível, em decorrência de seu prefeito ser polêmico por natureza.

Dindim encara a Frente Popular há 14 anos, nunca perdeu e não abre mão de falar o que pensa. – Mesmo que a oposição tivesse sido bastante unida, uma coisa é encarar meus adversários aqui, outra coisa é transferir votos. Nem Lula conseguiu transferir votos pra Dilma – desculpa-se.

A relação de Dindim com a população de Feijó é indiscutível, a partir dos resultados que ele obteve em 14 anos, mesmo sendo sempre adversário da Frente Popular. Mas quando se trata de votação para o governo, o município sempre menosprezou a oposição.

Chicão Brígido e Alércio Dias tomaram um capote de 80% para Jorge Viana em 1998, fenômeno repetido em 2002, quando Viana foi para a reeleição contra Flaviano Melo.

Quatro anos mais tarde, Márcio Bittar sofrera a mesma derrota. – A oposição dessa vez diminuiu e muito a diferença. Por isso não admito que venham reclamar de mim – diz o prefeito, que adiantou, inclusive, estar preparado para ser expulso do PSDB, com base na recorrente desunião da oposição.

– Se a oposição fosse unida ia sentar todo mundo para avaliar que saiu vencedora, projetar o futuro, mas todos só pensam em si e querem apontar culpados – finaliza.

Fonte: Contil net

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